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Monday, November 27, 2006

Aqui inicio invocando todos os seus bons pensamentos. Os ventos uivantes balançam os bambus, a coruja pia, lá no céu de ébano a lua cresce, transbordando boas energias celestes.
A anciã implora por meu desprendimento. Pego a minha vassoura e faço uma faxina geral. Às vezes fica alguma sujeirinha nos cantinhos, aquelas sujeirinhas difíceis de tirar. Mas só nota quem realmente as procura. Aqui existem coisas lindas e mais fáceis de ser vistas. Uma pedrinha verde no meio da sala, uma estrelinha que insite em brilhar. Conseguirei eu retirar da minha mente todos os maus pensamentos? Não acreditar nas bocas que maldizem? Confiar nos olhos, eis a minha resposta. Olhos meus que lacrimejam, olhos seus que aqui enxergam.
Com meus erros nunca esquecidos e não repetidos eu aprendo. Vem chegando a era dos acertos. Assim é inciado meu despertar.
Dia 31 de janeiro faço vinte e um anos. Sete anos três vezes. Assim é iniciada mais uma sétima da minha vida, uma nova era de libertação, força e desprendimento. É chegada a hora de jogar fora tudo o que eu não preciso. A experiência eu carrego dentro da minha mente. O espaço que ela preenche está sendo limpo e esvaziado.
E então é chegada a hora da compreensão, da paciência, da direção, da introspecção. Auto-conhecimento. O re-conhecimento da minha essência, que já estava ficando esquecida aqui dentro. Amanda nunca morreu, estava apenas escondida, esperando a hora do reflorescimento, reflorestamento.
Sou cheia de bichos, alguns venenosos, outros carinhosos. Árvores altíssimas, frondosas, e também plantas rasteiras. Araras com as suas penas de todas as cores me emprestam a sua beleza para que eu possa me enfeitar. As frutas matam minha sede e as plantas me fazem transcender. Minha tribo é da floresta, e é na minha floresta essencial que eu encontro a paz.
Uma composição de Vinícius de Moraes e Toquinho:

A Corujinha

Corujinha, corujinha,

Que peninha de você.
Fica toda encolhidinha
Sempre olhando não sei quê.
O seu canto de repente
Faz a gente estremecer.
Corujinha, pobrezinha,
Todo mundo que te vê
Diz assim, ah, coitadinha,
Que feinha que é você.

Quando a noite vem chegando
Chega o teu amanhecer.
E se o sol vem despontando
Vais voando te esconder.

Hoje em dia andas vaidosa,
Orgulhosa como o quê.
Toda noite tua carinha
Aparece na TV.

Corujinha, corujinha,
Que feinha que é você.

Sunday, November 26, 2006

A menina paranóica sabe se calar diante dos acontecimentos?
A menina paranóica sabe se calar adiantes os acontecimentos!
A menina paranóica sabe se calar desejando os acontecimentos?
A menina paranóica sabe se calar latejando, esperando acontecimentos.
A menina paranóica sabe se portar diante dos acontecimentos?
A menina paranóica sabe perguntar sobre os acontecimentos?
A menina paranóica consegue se queixar por falta de acontecimentos.
A menina paranóica vai te entediar com estes acontecimentos.
A menina paranóica vai continuar a te desejar apesar dos acontecimentos?
A menina paranóica sabe esperar os acontecimentos.
A menina paranóica sabe se calar diante dos acontecimentos?
A menina paranóica sabe explicar sobre os acontecimentos?

Sei lá.

Saturday, November 25, 2006




















O lamento da coruja


Aqui jazem os beijos espalhados.
Assassinados aos pedaços,
tristemente enterrados.

Retaliação,
retalhação,
destroços.
Desforra!

O ruído da voz puída
adentrando o labirinto inflamado
não o fez achar a saída.
Caminho perdido,
incompreensível.

Sem dó
a ré sol fá lá aqui
tudo que tem a dizer.

- Teu falo falho me dá asco.
A menina estrábica vomitou.

Talhando
culpas perfeitas,
caolha e banguela
a me-nina mais uma vez
se perde, des-espera
que o pio da rasga-mortalha
não cante mais uma vez
a morte do amor.

















Meu primeiro amor foi embora aos 14 anos. O primeiro amor da vida de uma menina. Como podes esquecer? Pai, afasta de mim esse calice. Me nina..
Aqui está muito frio.
Minha mão fria, semi-morta, toca na tua face quente, febril. Seu fogo me consome. Ardo sem dor, pois o seu calor picante me salva. Não salvou. Quem sabe ainda.
Dor de cotovelo é ciúme. Tricotei umas luvas bem bonitas e quentes para me guardar.

About Me

Amanda querer-te pede ou dita? Amandita.